Arthur Soffiati
O estreito de Ormuz comunica o oceano Índico com
o golfo Pérsico. No final, é o mesmo oceano. Nesse estreito, que se tornou
célebre como rota comercial entre Oriente e Ocidente, fica a ilha de Ormuz.
Hoje, sua importância é mais estratégica, pois a ilha pertence ao Irã, país que
afronta a supremacia norte-americana e israelense. Em 1507, o conquistador
português Afonso de Albuquerque, saindo de Goa, capital do império português no
Índico, atacou Ormuz e a dominou. Ele tentava, assim, controlar o comércio
entre o golfo Pérsico e o mar Mediterrâneo (ainda não existia o canal de Suez).
Na ilha, Afonso de Albuquerque construiu o forte de Nossa Senhora da Vitória,
mas não o concluiu. Foi obrigado a abandoná-lo em 1508. Mas voltou em 1515,
quando reconstruiu o forte, agora com o nome de Nossa Senhora da Conceição de
Ormuz. Mas a Pérsia (antigo Irã) recuperou a ilha em 1622. No final, ela acabou
nas mãos dos ingleses. As ruínas do forte ainda estão lá. Em parte da ilha, o
Irã criou uma área para proteger uma linda floresta de manguezal. Trata-se da
Reserva de Hara.
Ruínas do forte Nossa Senhora da Conceição de
Ormuz
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